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Poliana é bronze e Deus é brasileiro!!!


Parecia tudo perdido na maratona aquática feminina dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Aliás, nos esportes aquáticos brasileiros. Sharon van Rouwendaal (HOL), aproveitando-se de que já conhecia bem Copacabana por ter feito lá alguns treinos durante o ano e ter lá treinado bem mais, para vencer a prova com absoluta facilidade desde o meio da terceira volta. Ela chegou com 1:56:32.1, mais rápido do que se pensava. A disputa mesmo seria pela prata. E Aurelie Muller (FRA) resolveu disparar, junto com Rachele Bruni (ITA), deixando Poliana Okimoto (Unisanta) para trás no último quilômetro. E assim, terminaria no quase a jornada brasileira na maratona aquática, em casa, em Copacabana. Preste bem atenção: TERMINARIA.

Quando todos estavam conformados com o quarto lugar de Poliana, até um bom resultado, visto que ela teve de abandonar a prova em 2012 no Hyde Park por causa de hipotermia, a reviravolta aconteceu: o vídeo com o final da prova comprovou que Muller empurrou Bruni para tirar-lhe, desonestamente, a medalha de prata. Resultado: falta grave e desclassificação sumária. Com isso, a nadadora paulista de 33 anos, que dizia ser esta a última chance para medalhar, herdou e conseguiu a sua tão sonhada medalha de bronze, a primeira para os esportes aquáticos do Brasil nestes jogos e da história da Maratona Aquática! Festa para os brasileiros, festa na baixada, festa em Copacabana. A Federação Francesa de Natação entrou com protesto, mas este será negado, porque as imagens são claras.

"Não estou nem acreditando. Treinamos tanto, esperamos tanto... aí na hora não acreditamos, demoramos para a ficha cair. Eu merecia essa medalha, eu construí ela. Quero só agradecer a todos que me deram apoio, sem eles não seria possível. Em Londres foi uma experiência difícil, e agora tentei deixar isso de lado, porque tinha a chance de a água estar fria. Mas Deus é brasileiro, deixou o mar tranquilo, com uma água boa. Fiz a melhor prova da minha vida", disse Poliana, feliz com a boa notícia e por vencer críticos que acharam que ela não chegaria lá: "Mais uma vez me chamaram de velha, me disseram que eu não estava preparada, desacreditaram em mim, e mais uma vez eu dei a volta por cima”, disse.

Durante a prova, a hidratação também definiu. Algumas atletas não conseguiram alcançar seus isotônicos e isso foi o que impediu Ana Marcela Cunha (Unisanta) de ir além do décimo lugar. "Tinha três alimentações para fazer, mas só fiz a primeira. Isso conta muito. Todas se prepararam para estar aqui. Não consegui render, infelizmente. Na segunda derrubaram minha alimentação. Na terceira, eu não quis perder o pelotão. São detalhes que fazem diferença.", disse, chateada e abatida, aquela que seria uma das grandes favoritas para pódio. "Eu não me preparei quatro anos, foram oito anos lutando para voltar, e em um Olimpíada em casa. Era uma das favoritas e tenho certeza de que dei meu máximo. Não foi digno de uma campeã da Copa do Mundo. Estou triste. A Poliana foi pódio, a maratona entrou para a história. Faço parte deste esporte. Fico triste pela minha colocação, mas fiz meu máximo", disse.

Sharon comemorou a vitória, que até para ela foi surpreendente como a conseguiu: "tive um ano ruim por lesões no ombro e não estava rendendo. Era minha última chance. Mas a prova estava tão fácil que resolvi acelerar no meio da prova. Deu certo e sou muito grata a todos". Ela não tinha ido bem nas provas de piscina, sendo décima nona nos 400 livre. Mas a experiência e o conhecimento dos treinos que fez no decorrer do ano foi essencial para a vitória inédita.

Amanhã é a vez dos homens: Allan do Carmo (IDEB), em missão quase impossível, tenta uma medalha para o nosso país. Mas zebras costumam ir bem nestes Jogos, logo...


(informações do Best Swimming e Yes Swim)

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