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Mitos mitam no segundo dia


Mitagem. Este foi o neologismo que definiu o segundo dia da natação nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Os grandes e esperados nomes desta jornada confirmaram porque eram os melhores e levantaram a galera no Parque Aquático da Barra. Foram dois WR e o primeiro show do maior de todos.

Vamos começar com os 100 peito. Adam Peaty (GBR), desde Abril de 2015, quando bateu seu primeiro WR, já tinha garantido sua medalha de ouro olímpica. Ele só veio para o Rio buscá-la. E em grande estilo, com a quebra de seu próprio recorde mundial: 57.13. A briga era mesmo pela prata e bronze, mas infelizmente não teve nenhum brasileiro nessa: Cameron Van Der Burgh (AFS) abiscoitou 58.69 e o bronze veio com um nome que nem na lista de favoritos estava antes da seletiva de Omaha: Cody Miller (EUA), com 58.87. O melhor brasileiro foi João Luiz Gomes Júnior (Pinheiros), que chegou a disputar o bronze, mas a péssima virada (olha elaaaa) o fez só ser o quinto, com 59.31. Já Felipe França (Corinthians), completamente irreconhecível da saída à chegada, foi o sétimo com 59.38.

Na prova seguinte, os 400 livre, Katie Ledecky (EUA) nadou sozinha praticamente. Não deu chance à concorrência e transformou em história o 3:58.37 que fizera no Pan-Pacífico de 2014. Agora a nova marca impressa em todos os balizamentos é de 3:56.46. Primeira campeã olímpica a bater WR desde Janet Evans (EUA), em Seul, há 28 anos. Um grande show para uma plateia extasiada, comprovando que Ledecky não é deste planeta. Bom, "entre as terráqueas", a "vencedora" foi Jazmin Carlin (GBR), que pegou a prata com 4:01.23 e Leah Smith (EUA) foi bronze com 4:01.92, mesmo com um final melhor do que Jazmin.

Ainda falando de provas femininas, o que dizer de Sarah Sjostrom (SUE)? Simplesmente arrasadora nos 100 borboleta, deu à Suécia a primeira vitória na história da natação olímpica do jeito espetacular, com WR dela sendo pulverizado. Antes, 55.64. Agora, 55.48. Quem também deu show foi a jovem Penny Oleksiak (CAN), a nova namoradinha da natação mundial, que agora é Recordista Mundial Júnior, com 56.46 e a medalha de prata. Talvez vejamos a sucessora de Sarah em Oleksiak. O bronze ficou com Dana Vollmer (EUA), a Swim Mom e Campeã Olímpica de Londres, com 56.63.

Por fim, faltava The Greatest dar seu show. E deu, com o dourado revezamento 4 x 100 americano. Michael Phelps (EUA) fez um bom tempo para seus padrões: 47.12, quarto melhor parcial da prova e maior medalhista em revezamentos com 11 triunfos dos 23 que tem, batendo Jenny Thompson que tem 10.. O melhor parcial foi de um companheiro dele, no caso Nathan Adrian (EUA), 46.97. Repetimos: 46.97. Mais do que nunca o WR de Cesar Cielo (Minas/Arizona) nunca esteve tão perto de ser batido. Resta saber se por ele ou por Cameron McEvoy (AUS), que fez 47 cravados. Os norte-americanos fizeram 3:09.92, os franceses, com Florent Manaudou nadando para 47.14, levaram a prata com 3:10.53, os australianos foram bronze com 3:11.37 e a Rússia, com Vlad Morozov fazendo 47.31, ficou fora do pódio com 27 centésimos. Os 47 que sobraram nos quatro primeiros, faltaram ao Brasil, quinto com 3:13.21. João de Lucca (Pinheiros/Louisville) foi o melhor, com 48.11, e Marcelo Chierighini (Pinheiros/Auburn), que chegou a liderar, fez 48.12. Infelizmente a falta dos 47 custou caro.


EM OUTRAS NOTÍCIAS...

Faltou tudo para Etiene Medeiros (SESI) nas eliminatórias dos 100 costas feminino. Saída péssima, prova sempre perto da raia, e no final, um tempo dois segundos acima do seu melhor, o que já é muito: 1:01.70. Uma das piores apresentações da melhor nadadora do país na atualidade. Na final de logo mais, quem ocupará a raia 4 será, surpresa, surpresa, Kathleen Baker (EUA), com 58.84, seguida da Iron Lady Katinka Hosszu (HUN), 58.94, e da chinesa Yaunhui Fu (aquela que ganhou da Etiene nos 50 costas em Kazan), com 58.95. Emily Seebohm (AUS), a maior favorita, foi aquém do esperado e fez 59.32.

Na versão masculina, mais uma vez a virada "matou" um nadador brasileiro. Guilherme Guido (Pinheiros) até ia bem na primeira parte, mas a pilha acabou na piscina final e ele teve de se contentar com o 14º lugar (8º em sua bateria), com 54.16. E ele poderia ter sido finalista, já que fizera como melhor tempo 53.09. Seria o sétimo tempo. Os melhores foram os americanos Ryan Murphy e David Plummer, estes que fizeram, respectivamente, 52.49 e 52.50.

Nos 100 peito feminino, Lilly King (EUA) mostrou que só se vence mesmo com honestidade: teve o melhor tempo com 1:05.70, enquanto a vaiadíssima Yuliya Efimova (RUS), que só conseguiu sua vaga na última hora, fez o melhor tempo de sua eliminatória, tendo chegado dois centésimos depois.

Nos 200 livre deles, Sun Yang (CHN) demonstrou a todos que há sempre um amanhã. Após perder os 400 livre (prata, para ele, é inaceitável), foi o melhor tempo do ano, com 1:44.63, e vai largar na raia 4, tendo logo após Kosuke Hagino (JAP), com 1:45.45, e de Conor Dwyer (EUA) com 1:45.55. A maior surpresa foi que James Guy (GBR), sempre favorito, foi apenas o oitavo tempo da final, 1:46.23. Aqui estão todos os resultados.

NOSSOS PALPITES PARA HOJE

Ficamos devendo os palpites do dia 2, mas vamos para os do dia 3 para as provas de logo mais. A começar pelos 200 livre delas. Vejo boas perspectivas para Larissa Martins Oliveira (Pinheiros) e Manuella Lyrio (Pinheiros), que estarão nas duas séries eliminatórias. É só não se deixarem levar pelo nervosismo para conseguirem vaga, pelo menos, nas semifinais. Mas a grande disputa será mesmo entre Sarah Sjostrom, Shen Duo (CHN), Femke Heemskerk (HOL), Katie Ledecky e Emma McKeon (AUS). Pelos resultados que vimos nestes anos finais de ciclo Rio, em pódio, apostamos em ouro para Sarah, prata para Katie e bronze para Shen Duo.

Nos 200 borboleta deles, também acho que Leonardo de Deus (Corinthians) será finalista. Ele não é de se deixar levar por nervosismo, pelo que vimos neste ciclo. Mas temos Chad Le Clos (RSA), Daiya Seto (JAP), Laszlo Czeh (HUN) e ele, sempre ele, Michael Phelps (EUA), que vai chamar as atenções do mundo. Vou apostar em surpresas para o pódio: Le Clos ouro, Phelps prata e empate entre Laszlo e Leonardo no bronze. Difícil, mas...

Nos 200 medley, não acho que Joanna Maranhão (Pinheiros) avance para a semifinal. Talvez ela consiga melhorar seu tempo, mas uma prova com Katinka Hosszu (HUN), Siobhan Marie O'Connor (GBR), Maya Dirado (EUA), Hannah Miley (GBR) e Alicia Coutts (AUS) é nível hard total. Aposto em ouro para a Iron Lady, prata para Siobhan e bronze para Dirado.

Nos 200 livre, Sun Yang está mais do que preparado depois da decepção nos 400 livre e deve papar o ouro. A prata, ao meu ver, vai ser de Hagino e o bronze, do ontem aniversariado Paul Biedermann (ALE).

Quanto aos 100 costas delas, tenho lá minhas dúvidas, tamanha a zebra que aconteceu ontem. Mas meu palpite é vitória de Seebohm, com prata para Katinka e bronze para Fu.

Por fim, nos 100 peito feminino, difícil cravar qualquer palpite pelo nível alto. Mas, até pelo histórico negro, acho que Efimova nem medalha merecia. Meu palpite é Lilly King ouro, Ruta Meilutyte (LIT) prata e Alia Atkinson (JAM) bronze.

Será que hoje vamos ver mais mitagens?


(informações da Best Swimming, Yes Swim, SwimSwam e Swimming World - fotos da transmissão do SporTV e do USA Today)

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