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Como a Seleção se preparou


Seleção Brasileira de Natação. 01 de Agosto de 2016, Sao Paulo, SP, Brasil. Foto: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Terminou nesta segunda a aclimatação da Seleção Brasileira de Natação que vai embarcar nesta terça para a Vila Olímpica, no Rio de Janeiro. A equipe de 33 nadadores e comissão técnica liderada por Albertinho Silva e Fernando Vanzella mescla juventude e experiência. Se temos grandes nomes indo para mais de uma Olimpíada, casos, por exemplo, de Joanna Maranhão (Pinheiros), esta para a quarta Olimpíada, Bruno Fratus (Pinheiros/Auburn), na sua segunda, e Thiago Pereira (Minas/Florida), também em sua quarta oportunidade Olimpica, temos muitos estreantes de todas as idades, como Larissa Martins Oliveira (Pinheiros), Manuella Lyrio (Pinheiros), Etiene Medeiros (SESI), Gabrielle Roncatto (Unisanta), Brandonn Pierry Almeida (Corinthians) e Luiz Altamir (Flamengo).

Para se prepararem, entre outras coisas, foi lhes oferecido um óculos especial que dá para os atletas a impressão de ainda ser dia, no chamado "banho de luz". Ele foi usado pelos atletas especialmente nos treinamentos noturnos. "Este óculos foi um grande achado. Como à noite a gente costuma ter um grande cansaço e o corpo não se acostuma, a luz deles dá a impressão do dia ser mais longo", contou Larissa.

Foram duas janelas de treinamento: uma do meio-dia às duas e outra das 20:00 às 22:00, horários parecidos com os que a NBC impôs para a natação olímpica, ou seja, 22:00 de Brasília (afinal, será às 18 no horário de Los Angeles e 21 no de Nova York) nas finais e 13:00 nas eliminatórias (9 da manhã em LA e meio-dia em NYC). Algumas delas abertas para a imprensa. Estivemos em duas delas, uma especial até, porque era um treinamento conjunto com a Seleção Paralímpica.

Numa delas, Joanna Maranhão desmentiu os boatos de que iria parar depois da Olimpíada: "ainda não sei o que fazer depois dos Jogos. Deixarei a vida me levar", disse. A única coisa certa é seu casamento com Luciano Correa, em Outubro. "Com certeza a nova geração vai aprender muito com a nossa. Esta é minha quarta olimpíada, mas ainda me sinto como se estivesse na primeira", disse ainda a pernambucana, quinta colocada nos 400 medley naquela Olimpíada de Atenas. Ela ainda contou que, nas horas vagas, jogava com os companheiros War e Imagem e Ação: "a gente sempre parava à meia-noite e meia, mas depois recomeçava no dia seguinte, de onde estava. A Graciele (Herrmann, GNU), a Daynara, o João (Luiz Gomes Júnior, Pinheiros) e o Thiago eram quem mais jogavam comigo, mas a ordem sempre mudava)".

Pelo lado masculino, a empolgação é geral pelo menos para medalhar. Henrique Rodrigues (Pinheiros) nos falou de sua prova, os 200 medley, talvez uma das mais difíceis do programa. Perguntado sobre a possibilidade de repetir Florent Manaudou (FRA) nos 50 livre em Londres e ser a grande surpresa da prova, ele foi claro: "de fato ele não estava nem entre os oito antes de ganhar o ouro. Eu sou o quinto tempo do ano. Tem muita gente boa nesta prova, como o Ryan Lochte (EUA), o Thiago, o Kosuke Hagino (JAP), nem preciso dizer do Michael Phelps (EUA). Mas acredito que com essa boa rotina, posso tentar surpreender e conseguir uma medalha", disse.

Esperamos que a partir do dia 6, todo esse trabalho tenha valido a pena. Confira aqui algumas fotos das janelas de treinamento.


(informações do Best Swimming, da Yes Swim e da CBDA - foto de Satiro Sodré/SSPress/CBDA)


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